Confesso que os enigmas da mente humana sempre me fascinaram.
Este fascínio foi potenciado quando no 10º ano a disciplina de Psicologia apareceu no programa, mas que lamentavelmente foi substituída no meu currículo por Geologia (quem me mandou escolher Quimicotecnia em vez de Saúde).
Dizem os entendidos que os terrores nocturnos são uma alteração do sono frequente em crianças, em que há um despertar abrupto e acompanhado de sinais de ansiedade intensa, geralmente nas primeiras horas de sono.
As criança acordam em sobressalto, uma ou duas horas depois de terem adormecido, com um grito de pânico a que se segue um período em que manifesta grande ansiedade, com o olhar fixo, sudação, respiração rápida, aceleração dos batimentos cardíacos e movimentos descoordenados. A agitação dura alguns minutos e não cede às tentativas de conforto por parte dos pais.
Quando o episódio termina, a criança volta a adormecer e não se recorda do que se passou, quer seja acordada a seguir, quer na manhã seguinte.
Mas o meu "terror nocturno" é outro!
O meu encontra-se deitado ao meu lado e costuma acordar-me a meio da noite sentado na cama a gritar as mais variadas coisas desde: "Já chega! Estou farta disto!"(primeiro episódio registado), até frases em francês e (pasme-se) em inglês.
A situação progrediu ao ponto de eu estabelecer diálogos que nenhum de nós se lembrava no dia seguinte.
Após estudos apurados, concluí que melhor solução para acabar com estes episódios é dizer qualquer coisa fora do contexto, tendo "batatas" e "locomotiva a vapor" apresentado resultados excelentes.
Apesar de agora (quase) conseguir dormir uma noite inteira, receio que no futuro irei perder diálogos edificantes como o de algumas noites atrás:
A - "Pára! ... Não! Não quero mais palha!" ... zzz ronk ...
L - "'Tá bem! Não comas..." ... zzz ...
Tragédia no Mar
Há 9 meses
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